Maurício Santos, Nascido no Carnaval, Dedica sua Vida à Verde e Rosa do Carnaval Carioca.
A paixão pelo carnaval não é incomum, mas quando se trata de Maurício Santos, um garanhuense orgulhosamente enraizado no bairro da Boa Vista, em Garanhuns, essa devoção assume proporções verdadeiramente extraordinárias. Sua paixão inabalável é dedicada a ninguém menos que a renomada Escola de Samba Mangueira, uma das mais icônicas e reverenciadas do cenário carnavalesco carioca.
A história de Maurício com o carnaval começa desde o seu nascimento, no dia 24 de fevereiro de 1980, um domingo de carnaval. Para ele, isso é mais do que uma simples coincidência de datas; é motivo de orgulho e uma conexão profunda com a festa de Momo desde o primeiro dia de sua existência. Como ele gosta de brincar, ele “nasceu sambando”, e essa afinidade precoce com o ritmo contagiante do samba foi apenas o começo de uma jornada de amor incondicional pela Mangueira.
Nos anos 90, enquanto muitos de sua idade estavam ocupados com outras atividades típicas da adolescência, Maurício estava sintonizado na televisão, assistindo com admiração os desfiles da verde e rosa. Seu coração, nesse momento, encontrou uma verdadeira paixão, e em 1994, ele se viu torcendo fervorosamente pela Mangueira, tornando-se não apenas um torcedor, mas um autêntico devoto e aficionado.
Para Maurício Santos, a Mangueira é mais do que uma escola de samba; é um repositório de memórias e lendas, personificada por figuras notáveis que deixaram uma marca indelével na história do carnaval carioca. Nomes como Dona Zica, Emílio Santiago, Dona Neuma, Beth Carvalho, Jamelão, Alcione e Leci Brandão evocam lembranças carregadas de emoção e admiração.
Em sua casa na Boa Vista, Garanhuns, Maurício Santos mantém um tesouro de lembranças relacionadas à Estação Primeira da Mangueira. Copos, canecas, fotografias, recortes de jornais e revistas e uma extensa coleção de camisetas testemunham sua paixão incansável pela escola de samba. “Guardo tudo com muito carinho”, revela o garanhuense, cuja devoção é palpável em cada pedaço de sua coleção.
Alguns itens preciosos foram presentes da professora Maria José, enquanto outros foram enviados por mangueirenses de diversas partes do Brasil, solidificando ainda mais os laços que unem os amantes da Mangueira em todo o país.
O sonho de Maurício Santos é compartilhar sua coleção e sua história com o mundo. Ele aspira a contar sua narrativa inspiradora em uma emissora de televisão, na esperança de inspirar outros a seguirem seu exemplo de paixão pelo carnaval e pela Mangueira. E se a oportunidade surgir, se alguém ou uma empresa se tornar seu patrocinador, Maurício tem um desejo audacioso: desfilar no carnaval do Rio de Janeiro, realizando seu sonho de caminhar pela Sapucaí como parte da Mangueira.